Cheth – Analogia Macro e Microcósmica – Logia Astral

RoseCroixWHChegamos ao momento esperado de visualizarmos a analogia ente o Macro e o Microcosmo, a semelhança em todos os aspectos se faz presente e evidente nas atividades sejam elas conscienciais, intelectuais, mentais, sentimentais ou nas atitudes. O Macro e o Micro verdadeiramente são seres totalmente diferentes em suas extremidades e totalmente semelhantes em seu ponto de encontro na Vida Una que permeia tudo e todos evoluindo e se aperfeiçoando.

Desde o menor átomo formador da matéria orgânica de nosso plano físico, seu reinos,etc, até o mais complexo Ser chamado Aglomerado de Aglomerados de Galáxias podemos identificar a Consciência que evolui dentro destes Seres… Onde identificarmos uma individualidade com uma função distinta no Cosmos ali teremos um ser que se desenvolve e evolui na Grande Vida “onde nos movemos e temos o nosso ser”.

Ao contemplarmos os átomos formativos de determinadas substâncias físicas, podemos contemplar o Sistema Solar onde podemos visualizar um Núcleo Atômico Radioativo e os Planetas presos em harmonia – gravidade – girando ao seu redor. O Átomo de Hidrogênio é o mais simples microcosmo que existe na matéria física tendo seu núcleo um próton e um elétron girando em sua órbita o que dá a sua característica única e indivídua; da mesma maneira temos o nosso sistema solar com sete planetas – isto na Astrologia esotérica e não a astronomia que afirma que nosso sistema solar é formado por nove planetas, sendo Netuno e Plutão pertencentes ao sistema solar vizinho – é único em sua identidade.

Mas o que tem haver o sistema solar e o sistema individual humano? Exatamente tudo. No sistema solar está a chave para o entendimento do sistema humano, que se tivermos uma imaginação treinada para ver, visualizaremos sua analogia e confirmaremos o que é dito aqui. Cada ser humano é uma miniatura de um sistema solar complexo e inteligente; que tem uma função no vasto cosmo. A semelhança está na Consciência ou Mônada – nosso Pai Celeste – e os corpos que gravitam em harmonia ou não em seu redor. A Mônada é o Sol Interior cheio de Luz e Calor que nutre os sete corpos ou planetas que a orbitam; tais planetas são chamados por nós de Vontade, Razão Pura ou Intuição, Intelecto Superior e Inferior, Sentimento e Planeta da Ação.

Como todo Sistema Solar, que é um macrocosmo em formação, no início é um verdadeiro caos onde toda matéria, sem harmonia e coesão, se chocam umas contra as outras na finalidade de formar algo coeso, assim também acontece com o microcosmo até que sua formação alcance um nível de desenvolvimento e, enquanto isso não acontece, vemos o resultado na falta de harmonia entre os “planetas”. Isto acontece até que o “Sol” obtenha força gravitacional – Domínio Próprio – suficiente para colocar na harmonia de sua órbita todos os planetas de seu sistema. A violência e miséria de nossa sociedade é também resultado da falta de Calor e Luz provinda dos Sóis Microcósmicos em nosso Globo Terráqueo.

Quando o Microcosmos trabalha conscientemente por seu  aperfeiçoamento e desenvolvimento ele rompe a poeira cósmica que impede que o sol emita seu calor e luz para os Planetas Interiores, podendo assim fazer contato com as esferas superiores que nutrem o seu próprio Sol. Isto acontece em todos os níveis ou seres microcósmico em desenvolvimento na Grande Vida os quais são individualidades que tem função específica dentro do macrocosmo.

Nós temos que ser como o Sol Físico que mantém em coesão e harmonia todos os planetas que estão sob seu domínio; sendo nossa missão mantê-los nutridos fornecendo todo material que precisam para crescerem saudáveis e evoluírem para os níveis superiores de existência. Um Pai que é responsável pela nutrição e educação de seus filhos na verdade está aprendendo o que um dia executará como um Sol de um Sistema. O que aprendemos hoje como seres humanos um dia será praticado como um Ser Planetário, Solar, Galático ou Supra galático. Outro exemplo é a Mãe Terra que nos nutre transmutando Luz em alimento para cada um de nós.

“Como em cima é embaixo”. Eis aqui a analogia entre o Macro e o Microcosmo: “o Homem é um aprendiz de Sistema Solar”. Claro que entre o nível em que estamos existem muitos graus que entremeiam o caminho até nos tornarmos um Sol de um Sistema, mas pela analogia podemos pulá-los com  fins de explicação e entendimento.

O que queremos dizer é que devemos ter bem em mente a hierarquia que existe dentro de nós mesmos e somente com o seu reconhecimento e aplicação é que pode haver harmonia e paz profunda dentro de nós mesmos, em nosso sistema. Nossas ações, sentimentos, pensamentos, raciocínios devem estar sob o domínio de nossa Mônada – nosso Deus Pai Celestial – como em nosso sistema os planetas estão em acordo com a melodia e o tom do Sol. Quem lê entenda. Deve haver sincronismo, ritmo com a Grande Melodia Daquele que por toda eternidade evolui em nós.

Transferir nossa moradia dos Planetas para o Sol – Elevar a consciência dos Corpos de Fenomenais para a Causa Nomenal –  eis nossa Obra.

Zain – Conversão – A Resposta do Mestre

Astrol

Abriremos este estudo com um aforismo que é comum em nosso meio: “Quando o o discípulo está o Mestre aparece”. Sendo isto a mais alta verdade, uma revelação real no sistema interior daquele que de fato e de verdade segue na prática das teorias transmitidas de “fora” para que se torne uma realidade palpável dentro de si.

Na verdade o Mestre Interior sempre esteve presente, pois era Ele quem nos impulsionou para os estudos dos mistérios, para os livros e aqui queremos explicitar a presença dos Mestres Exteriores que nos traziam tais livros. Se sempre estivemos totalmente conscientes deste fato em nosso caminho, chegamos a conclusão de que fomos guiados através dos Livros da Sabedoria que chegavam a nós pelo lado de fora. Nada no Cosmo é coincidência, tudo está cooperando para o Plano e o Propósito da Evolução, assim os livros por nós encontrados ao longo do Caminho foram colocados de propósito em nosso caminho.

O discípulo se torna mestre por influência dos Mestres Exteriores que são encarregados de educar de forma espiritual toda a humanidade, eles têm sobre sua responsabilidade a individualização dos “animais humanos” e a espiritualização dos indivíduos. Neste Caminho de espiritualização temos que nos conscientizar dos Mestres que nos ajudam de “fora” para que sejamos bem sucedidos em nosso empreendimento, desenvolvimento e aperfeiçoamento de nosso sistema. Todo discípulo é aluno de algum mestre, embora no início do caminho não percebamos a influência dos “Mestres Exteriores” e muito menos do “mestre interior”.

Dizemos Mestres Exteriores por causa de sua influência que no início somente pode se dá de fora, através de livros, ensinamentos e na voz de nossos irmãos fraternos que nos ensina com o pouco que sabe; como essa voz que explicita neste texto. Mas chega um momento em que a influência é sentida na vida interior, de dentro, quando o sentido de unidade universal é apreendida pelo discípulo. Quando o conhecimento da unidade universal passa a ser uma realidade vivida pelo discípulo, os Mestres da Hierarquia Global o influenciam de dentro, ou seja, direto de suas faculdades intuitivas que nada mais são do que a capacidade de se comunicar com aqueles Planos Altos de nosso Sistema Solar onde a Unidade e a Vontade Daquele que ainda não podemos conhecer em totalidade é reconhecida e Legalizada.

Tanto o mestre interior quando os Mestres Hierárquicos sempre estiveram presente e a sua realidade é que se faz sentir quando o discípulo se aperfeiçoa para percebê-la. O discípulo que hoje estuda é o mestre que amanhã ensinará podendo se tornar um Mestre Hierárquico num futuro distante pelo contínuo aperfeiçoamento. A voz do neófito ou iniciando que estuda os ensinamentos universais vindos de “fora” hoje será a Voz do Mestre amanhã que o ensinará de “dentro”. Usamos “dentro” e “fora” para designar o nível de compreensão da consciência em determinados momentos do caminho e assim falamos para aqueles que já tiveram em si a revelação do mestre interior, uma revelação mais próxima da Verdade Derradeira.

Assim, podemos dizer que: “Quando o mestre interior está preparado o Mestre Exterior se revela”; aliás, toda a Vida Real se revela neste momento. Para nos comunicarmos com a Vida Real e Una que se oculta na forma se faz necessário que sejamos também Unos interiormente e exteriormente. Em nosso interior devemos unificar todos os reinos – Físico, Emocional, Mental e Intelectual – em um só Reino e no exterior devemos ser unos com o Propósito Global de Evolução, ou seja, estarmos preparados para, em todos os sentidos, apenas cooperarmos para o bem do Todo e de tudo. Devemos ser como o Sol que traz preso à sua gravidade todos os Planetas de seu sistema, Assim como o Centro da Via Láctea tem preso à sua gravidade todos os Sistemas Solares ao seu Corpo…

O mestre sempre será discípulo de um Mestre de um sistema mais avançado intelectual e espiritualmente falando, sempre haverá algo para aprender e alguém para ensinar e isto é a Eternidade do Movimento Evolutivo que sempre existiu e sempre existirá; sendo que se seu movimento parar significará a falência de tudo o que se chama vida (Impossível isto).

Nós, os Mestres Terrestres somos alunos de Mestres Solares e estes por sua vez são alunos de Mestres Cósmicos e que por sua vez… Temos toda a Eternidade. Sempre seremos aprendizes de um Sistema maior e mais desenvolvido.

A vitória que acontece neste trabalho presente é a do Espírito sobre a Forma e a Voz da Consciência identificada no primeiro trabalho é agora Senhora de todo nosso sistema interior e a evolução, o desenvolvimento real e eterno pode se desenrolar e nunca mais vai se estagnar. Esta vitória é algo dinâmico que coloca em ação forças que sempre se renovarão na eternidade para que haja aperfeiçoamento e cooperação com o Plano Evolutivo em nosso seio e no Seio deste Grande Ser que se chama Humanidade. Aqui nos chega a confirmação de cada passo que deve se dado em direção da Eternidade, todas as leis que se ocultavam na Forma e no Espírito se revelam; havendo uma expansão enorme da conhecimento e da Sabedoria.

A Vitória do Espírito sobre a Forma se chama iniciação  e isto ninguém pode nos dá, é apenas confirmada pela Vida Interior que nos dá uma nova forma e uma nova consciência agora totalmente espiritualizadas. Assim, somos capacitados para irmos em busca daquilo que ainda não temos: “Os Corpos Solares do Espírito” cujos ensinamentos não fazem parte deste presente. Revelaremos tais ensinamentos se nossos Mestres assim permitirem nas postagens futuras. Aqui, apenas explicitamos o resultado do trabalho conscientizador que começou em Áleph, o primeiro ensino desta série.

A revelação do mestre interior é algo que proporciona muita alegria no caminho e indica movimento, indica desenvolvimento, indica que não estamos estagnados no processo, no caminho. Saber que somos unos à Ele e que em um nível superior somos ele é muito confortante e um fato renovador de nossa Fé, Esperança, Amor e Serviço. Sendo esta revelação a Vitória do Espírito sobre a Forma, resultado lógico e esperado para aquele que com sinceridade, humildade e desinteresse trilha o caminho do conhecimento evolutivo. Caminho essa que se iniciou na conscientização da Unidade Interior, da manifestação Bipolar desta Unicidade – Carne e Espírito, da Unificação deste dois através da Androginação que é a sabedoria de que “o Dois nada mais é do que UM mais Um (2=1+1), da Forma que é resultado desta manifestação, da Determinação da hierarquia interior – a Razão dominando o Físico, Sentimento, Mente e Intelecto – e a escolha acertada entre os “Dois Caminhos”.

A Vitória é como a organização do Sistema Solar: Todos os Planetas girando de forma harmoniosa e no ritmo imposto pelo Sol. Quem lê entenda!

 

Vau – Como em “Cima” é “Embaixo” – As Escolhas e o Livre Arbítrio

A balança

Chegamos ao ponto crucial de nosso Trabalho que é  a conscientização dos dois caminhos que se dividem em nossa frente que por vezes são chamados de “Caminho estreito e o Caminho largo”, “carne e espírito”, etc. Todos chegaremos um dia, mais cedo ou tarde, a este ponto que nada mais é do que um novo confronto com a Bipolaridade da qual tomamos ciência no segundo e terceiro trabalhos realizados nesta série, mas num nível muito mais elevado, numa curva mais alta do caminho que é representado em uma espiral.

A escolha é algo inerente no Reino Humano, sendo através dela que criamos o nosso ambiente externo e principalmente o ambiente interno. Somos livres para escolher mais não estamos livres de colher os resultados de nossas escolhas. Devemos ter em mente que nossas escolhas são verdadeiras semeaduras das quais a tempo apropriado teremos que colher seus frutos; por isso devemos escolher sempre o que é justo e verdadeiro que nos proporcionará uma colheita de justa e verdadeira. O Livre Arbítrio é o que rege o nosso ciclo presente como está registrado: “Vês aqui, hoje te tenho proposto a vida e o bem, e a morte e o mal; Porquanto te ordeno hoje que ames ao SENHOR teu Deus, que andes nos seus caminhos, e que guardes os seus mandamentos, e os seus estatutos, e os seus juízos, para que vivas, e te multipliques, e o SENHOR teu Deus te abençoe na terra a qual entras a possui”.

Mas a escolhas feitas aqui não é mais entre o bem e mal, entre a justiça e iniquidade, mas entre o caminho divino e humano, ou seja, entre o que é dito pelo Aspecto Divino em nós e o aspecto animal; entre a Voz da Intuição – Reconhecida em Áleph, Beth e He – e a voz de nossos instintos animais – sexo, embriagues, má alimentação, etc. A escolha aqui é feita entre se tornar humano através da orientação interna ou continuar como um animal inconsciente que não conhece a si mesmo, que não sabe de onde veio, onde está e muito menos para onde vai.

Dentro de nós, em nosso sistema, vivem duas forças que são opostas em suas extremidades mais totalmente análogas ou semelhantes num ponto em comum e aqui a escolha é viver neste “Ponto” comum e assim iniciar o desenvolvimento para elevar este “Ponto”. Este Ponto é a unicidade reconhecida vivente dentro de nós, a Voz da Consciência que guia para o Bem Comum do Todo. A audição desta Voz é condicionada por nosso nível evolutivo, de desenvolvimento sendo este também condicionado pelo trabalho que aqui é feito: a conscientização da vida na forma.

Se conscientizar a respeito de algo é exatamente reconhecer esse algo, seu sistema, sua maneira de trabalhar e se revelar; é conhecer os mistérios que se ocultam na forma, ou melhor, que se revelam na forma. Assim, a conscientização da Vida em nós nos habilita aqui a escolher entre os dois caminhos que nos são proposto: “Eis que coloco diante de vós a vida e a morte; escolhe portanto a vida para que tudo te saia bem”. Deut 28

Escolheremos a Voz da Divindade em nós ou continuaremos na obscuridade da desorganização de nosso sistema interior feito de pensamentos-sentimentos-emoções turvas que tendem a nos impedir de alcançarmos a Harmonia inerente na Forma; a verdadeira Paz Profunda?

“E todas estas bênçãos virão sobre ti e te alcançarão, quando ouvires a voz do SENHOR teu Deus”. Esta Voz é uma realidade dentro de cada um de nós, Ela nos diz o que exatamente devemos fazer, revela a verdade, confirma os fatos e o que os profetas tentaram nos dizer. Jesus, Maomé, Buda, Moisés, Krishna, entre outros desconhecidos encontraram e nos explicitaram a respeito desta verdade do seio da humanidade: a Voz da Santidade, a Voz Divina. Isto é uma realidade dentro de nós e todos aqueles que pesam estas revelações com certeza entrarão em contato com Ela: “Porque esta Voz está mui perto de ti, na tua boca, e no teu coração, para a cumprires. Vês aqui, hoje te tenho proposto a vida e o bem, e a morte e o mal”

Não escrevemos aqui para os surdos ou os cegos, mas para aqueles que têm “olhos de ver” e “ouvidos para ouvir”, nos direcionamos para aqueles que “batem na porta, aos que buscam”; por isso não fazei juízo destas palavras que agora leem se ainda não as podem entender e nem suportar. Explicitamos aqui ensinos que nos chegam no plano intuitivo e seu entendimento dever ser feito também com as faculdades intuitivas, onde a Voz Divina é o Guia. Mas estaremos sempre prontos e dispostos a faze-las compreender àqueles que a nós se achegam com a humildade do verdadeiro aspirante.

Novamente a escolha retorna ao nosso trabalho. Retornamos mais uma vez ao Livre Arbítrio e a escolha entre dois caminhos: o Estreito e o Largo. A escolha entre viver como um ignorante inconsciente do mundo em que vive e é ou se conhecer a si mesmo de uma forma inconcebível para muitos, ciente do bem e do mal e capaz de tomar decisões que farão desenvolver e aperfeiçoar nosso sistema. E isto não é mera questão entre deus ou diabo, céu ou inferno, mas de conscientização da verdade inerente nessas bipolaridades totalmente diferentes mas totalmente semelhantes em seus objetivos de existência. Não é mera questão de se crer ou não, mas sim de saber o por que de crer ou não.

Escolheremos a Voz que nos guia por toda a eternidade que não nasce e por isso não pode morrer ou a voz que nasce num dia e morre no outro? Eis a questão! Disto dependerá a nossa realização, o fruto deste trabalho, a colheita da semeadura que se manifestará por um ser transmutado e totalmente espiritualizado; o nascimento do Espírito na Forma.

Lembremos aqui que o “Centro é o Equilíbrio dos Pratos Opostos e Análogos de Nossa Balança”.

A conscientização ou o aprendizado a respeito a Unicidade, da Bipolaridade, do Androginato, da Forma Quádrupla, da Quintessência e do Livre Arbítrio prepara a Vitória do Espírito sobre a Forma; a verdadeira espiritualização ou espiritualidade.

He – O Espírito na Forma

Ferramentas

No trabalho anterior nos conscientizamos da Forma e vimos que ela não se limita apenas à forma Física, mas por Forma entendemos também a Emocinal-Desejo, a forma mental e Intelectual. Tudo no Cosmo, que é a Gama de todas as coisas criadas, manifestadas ou realizadas, tem uma forma que dependendo do nível pode ser mais Sutil ou mais Densa. Do ponto de vista do Espírito a Forma Mental é muito mais sutil do que a Forma Sentimental e assim por diante.

Chegamos ao ponto de reconhecermos ou nos conscientizarmos a origem da Forma e o por que de sua existência. A Forma, seja nos planos de emanação, criação, formação ou realização, serve de invólucro para aquilo que torna viável a existência; ela oculta aquilo que a cria, a mantém e a espiritualiza: A Vida ou Espírito.

A Vida é o que se “esconde” ou se oculta por detrás ou dentro da Forma; sendo chamada por muito de Espírito da Vida. Cada Reino de nosso globo Terrestre – mineral, vegetal, animal, hominal ou angélico –  é compenetrado pela Vida num sentido inconsciente ou pelo Espírito no sentido consciente. A Vida está em cada Anjo assim como está em cada Mineral, sendo o nível de consciência a diferença essencial de um reino para o outro; o nível de consciência num ser Angélico é muito mais elevado do que no vegetal, animal ou Homem e ainda existem Vidas cujo nível de consciência é muito mais superior do que a dos anjos. Toda Forma encerra em si a Vida num nível mais ou menos elevado de consciência disto. A diferença evolutiva de um ser para o outro está exatamente aí: na conscientização da Vida ou Espírito de Vida em si.

Todo o caminho evolutivo se dá em torno desta conscientização, na expansão da capacidade de perceber o Espírito da Vida em si em meio a Forma que o contém e se orientar a partir daí. A percepção ou o reconhecimento da Vida é o que nos proporciona um maior contato com Seu Plano e o Propósito Evolutivo.

É nossa tarefa reconhecer a Vida na Forma Física, Emocional, Mental e Intelectual; reconhecendo também o Seu Espírito dentro de nós que é a Unicidade, o Centro Inteligente que rege as Formas. Quanto maior for nosso conhecimento a respeito deste centro inteligente dentro de nós maior é a nossa capacidade de visualizarmos as Suas ações e o Seu trabalho, de nos orientarmos a partir dele. É a Vida ou Espírito de Vida que em nós se desenvolve sobre a Forma, sendo esta a Sua principal ferramenta o seu veículo ou corpo.

Os métodos de desenvolvimento espiritual, a sua prática é que nos torna cada vez mais receptivos a Voz da Vida Espiritual que dentro de nós dita a direção do caminho; tal receptividade ou sensibilidade ao comando do espírito é o que qualifica tal aquele desenvolvimento.

Sabemos que dentro de nós as Formas falam cada uma a respeito de seus interesses que nem sempre estão em acordo ou sintonia como o Plano e o Propósito Evolutivo e que existe uma única voz que rege e nos mantém ligados àquele propósito; sendo o reconhecimento, a audição da voz espiritual da vida é que transforma o “filho do homem” em “Filho de Deus”. As Formas – Física, emocional, mental e intelectual – é o Filho do homem e a Vida ou Espírito da Vida – o Guia Interior, o Deus interno – é o “Filho de Deus”.

Neste trabalho é pedido não somente o reconhecimento da Voz da Unicidade, mas também é nos requerido a afirmação de tal Voz como a mais importante em nossas escolhas e decisões, em nossa vida cotidiana as suas ordens devem ser soberanas. Aqui se faz necessário tomar decisões, escolher entre dois caminhos a partir da opinião da Voz do Espírito, do Guia Interior, do Deus interno; em todos os momentos devemos estar em contato com Ela na finalidade de optarmos sempre pelo caminho espiritual, a escolha acertada.

Reconheçamos a Vida dentro da Forma e a Forma fará da Vida Real a sua diretriz. Acatando cada mandamento, a doutrina única e universal que rege o desenvolvimento da Vida se torna possível a transformação da matéria efêmera em espírito eterno e somente tal identificação com a Voz da Vida em nós tem a capacidade de realizar a derradeira transmutação, o milagre alquímico do nascimento da “Água e do Espírito”.